T10 – O críquete feminino no Brasil: inclusão, desenvolvimento e alcance internacional
O críquete, esporte tradicionalmente associado a grandes potências como Inglaterra, Austrália e Índia, vem conquistando espaço em novos territórios, e o Brasil é um dos países que mais tem se destacado nesse processo de crescimento. Em meio a essa expansão, a participação feminina se torna uma peça-chave para consolidar o esporte no país, trazendo diversidade, representatividade e um novo olhar sobre a modalidade.
Ontem (26), no período da tarde, aconteceu a 1ª etapa do Festival Feminino de Desenvolvimento de Críquete T10, no Parque Ecológico da Zona Sul, em Poços de Caldas (MG), contando com a presença da equipe Cricket Brasil e grandes nomes do esporte – como as atletas da Seleção Brasileira, entre elas Carol Nascimento (Capitã), Lindsay Villas Boas, Roberta Avery Moretti – e da comissão Técnica, Luís Felipe (Xips) e Bruno Pagin. O evento teve como principal objetivo o acolhimento de meninas já inseridas nos projetos sociais da modalidade, proporcionando-lhes uma experiência enriquecedora dentro do jogo. A vivência esportiva foi elevada a um novo patamar com o monitoramento digital de pontuação, um recurso que não apenas trouxe mais profissionalismo à competição, mas também garantiu que os desempenhos das atletas fossem registrados e reconhecidos internacionalmente pelo International Cricket Council (ICC) – Conselho Internacional de Cricket.
Esporte, inclusão e oportunidade
O festival não se resumiu a jogos e competições. Ele foi um espaço de encontro e aprendizado, onde as atletas puderam interagir, compartilhar experiências e fortalecer o vínculo com o esporte. Sob os olhares atentos de professores e treinadores experientes, atletas principais, essas jovens puderam compreender mais profundamente as dinâmicas do críquete, elevando suas habilidades e entendendo a importância do trabalho em equipe.
A estruturação do evento no formato de um campeonato oficial ofereceu às meninas a oportunidade de experimentar a pressão e a emoção de competições reais, algo essencial para sua formação esportiva. Mais do que competir, a experiência proporcionou crescimento pessoal, autoconfiança e a certeza de que o críquete pode ser uma ferramenta de transformação social e profissional para muitas delas.
Reconhecimento global e o futuro do críquete feminino no Brasil
A inclusão do monitoramento de pontuação digital teve um impacto significativo no alcance do festival. Utilizando tecnologia para registrar os jogos e os desempenhos das atletas, as informações passaram a ser compartilhadas diretamente com o ICC. Esse contato direto com a entidade máxima do críquete é um passo fundamental para inserir o Brasil no cenário competitivo mundial, mostrando ao mundo o potencial e a evolução das jogadoras brasileiras.
A visibilidade internacional fortalece o caminho para mais investimentos, parcerias e oportunidades para as atletas. A presença de figuras importantes do críquete no festival reforça o compromisso com o desenvolvimento do esporte no país e inspira futuras gerações a acreditarem no críquete como um caminho viável para suas vidas.
O Festival Feminino de Desenvolvimento de Críquete em Poços de Caldas representou muito mais do que uma simples competição esportiva. Ele foi um marco na promoção da inclusão feminina na modalidade, na profissionalização das atletas e na consolidação do Brasil como um país com potencial de crescimento no críquete internacional.
Com iniciativas como essa, fica evidente que o futuro do críquete feminino no Brasil é promissor. A continuidade desses eventos, aliada ao reconhecimento global, pode transformar a realidade de muitas meninas que encontram no esporte uma forma de expressão, superação e conquista de novos horizontes. O críquete está crescendo no Brasil, e as mulheres estão na linha de frente dessa revolução.
“O críquete me encanta porque vai além do jogo: ele acolhe, transforma e dá oportunidades. A cada imagem que registro, vejo mais do que partidas, vejo histórias sendo moldadas, sonhos ganhando forma e realidades sendo ressignificadas. Nos projetos sociais, crianças e adolescentes encontram no esporte um caminho de crescimento e pertencimento, e isso me inspira profundamente. Vestir esse uniforme e fazer parte dessa família é uma honra. Como mulher e profissional, celebro cada atleta que representa essa força com orgulho e gratidão”, diz a jornalista e repórter fotográfica Jubinsk (foto).

“Como camiseta azul, estar nesses jogos é sempre uma experiência incrível.
Aprendo muito, não só sobre o jogo, mas sobre trabalho em equipe e como ajudar as meninas em tudo que precisam. O críquete é minha segunda casa, onde me sinto bem e faço parte.
Tenho muita gratidão por cada aprendizado e respeito por todos os processos que fazem esse esporte crescer”, afirmou Rayssa Felix, 15 anos, 1 ano e 11 meses jogando críquete.