Alunos do projeto do Cricket Poços de Caldas realizam apresentação especial
Escrito por Paulo Vítor Campos
Poços de Caldas, MG – Na manhã da última sexta-feira, os alunos do projeto de cricket, coordenado pelo professor Matt Featherstone, que participam das aulas na Casa do Menor Dr. Ednan Dias, fizeram uma apresentação especial para alguns parceiros da cidade. Durante o evento, os meninos e meninas receberam camisetas para a prática do esporte. Segundo Featherstone, a apresentação foi um modo de mostrar aos patrocinadores como os garotos estão evoluindo na modalidade que tem Poços de Caldas com um de seus principais centros na atualidade. “São parceiros importantes para o cricket de Poços de Caldas e por isto a ideia foi justamente mostrar para eles como está o nível dos nossos meninos. Eles viram o quanto as crianças estão gostando do esporte, estão empenhadas, tudo graças ao apoio importantíssimo que eles estão dando ao nosso esporte”, disse Featherstone. “Se não tivermos o apoio dos empresários de Poços de Caldas tenho certeza de que o cricket não teria crescido tanto na cidade”, continuou o professor, principal responsável por trazer a modalidade para o município.
A apresentação foi realizada para os empresários Ciro Marinoni, da Construtura Etapa, e Adauto Cantarin, da Pamafer, além de Maria de Fátima Rodrigues, coordenadora da Casa do Menor.
Para Cantarin, o trabalho desenvolvido por Featherstone na formação de jovens em Poços de Caldas é um grande exemplo. “O que estamos fazendo é o mínimo, pois o trabalho mais difícil e que exige maior dedicação é realizado pelo Matt, que deixou a Inglaterra, um pais de primeiro mundo, para vir aqui em Poços de Caldas ensinar nossas crianças que o melhor caminho para uma vida digna é através do esporte”, disse. A opinião foi compartilhada por Ciro Marinoni. “É muito legal tudo que vimos aqui na Casa do Menor e nos projetos do Matt. O esporte é o caminho certo e se estes meninos estão hoje aqui é graças ao esforço deste professor que é tão querido por seus alunos”, completou.
Primeiro projeto
Na Casa do Menor Dr. Ednan Dias nasceu o cricket em Poços de Caldas, em 2008. Para Maria de Fátima Rodrigues, coordenadora da Casa do Menor, o cricket foi uma grande benção na vida dos meninos que frequentam a entidade. “Tudo começou aqui quando este esporte não era muito conhecido no Brasil e hoje já é uma das nossas principais modalidades. Para nós, da Casa do Menor, é um excelente projeto, ajuda muito na disciplina, na socialização das nossas crianças, no bem-estar deles, qualidade de vida e eles gostam muito das atividades”, disse ela.
Além de Featherstone, o projeto na Casa do Menor conta com o professor Alexandre Felippe. “Estamos fazendo um trabalho muito bonito na Casa do Menor e é gratificante ver que todos aceitam bem este esporte, diferente para a maioria dos meninos. Todos tiveram grande evolução e não ficam mais sem participar do projeto”, disse Felippe.
O cricket
A maneira mais fácil para o brasileiro entender o cricket é por meio da semelhança com o taco ou betes, que parece uma forma simplificada do jogo inglês. O princípio é o mesmo: o arremessador tem que derrubar a “casinha”, a wicket, e o rebatedor tem que bater a bola e correr até a outra wicket para marcar pontos, ou runs.
Mas, enquanto o taco é jogado em duplas, um time de cricket é formado por 11 jogadores: dois rebatedores, os batsmen, e onze fielders no campo tentando impedir que a equipe da vez (a que rebate) complete os runs e tentando eliminar os rebatedores. Além de derrubar a casinha, o rebatedor pode ser eliminado se a bola for pega no ar; ou se a wicket for “quebrada” antes de os rebatedores chegarem a ela ao tentar marcar os runs. A equipe da vez tem que marcar o maior número de runs possível, enquanto o outro time tenta eliminar dez rebatedores. Uma vez que todos esses rebatedores são eliminados, os times trocam de posição, passando a rebater o que estava arremessando e a arremessar o que estava rebatendo. O vencedor é o time com o maior número de runs. A bola usada para jogar é dura, feita de cortiça e couro, um pouco maior que uma bola de tênis. Duas casinhas ficam a 20 metros uma da outra e o campo inteiro mede praticamente o mesmo que dois campos de futebol. Quando o rebatedor consegue bater a bola para fora dos limites do campo, ele marca quatro runs. Se a bola não bater no chão, ele marca seis runs. Cada arremessador atira a bola seis vezes, um over, e aí outro arremessador atira da outra casinha.
Jornal Mantiqueira – Poços de Caldas – Edição de domingo 13.09.15