Competição de Cricket encerra temporada dos projetos sociais em Poços de Caldas
Texto de Paulo Vítor Campos – Esporte Poços
Poços de Caldas, MG – Foi realizado durante a semana um torneio de cricket envolvendo oito projetos da cidade, com cerca de 130 alunos, todos coordenados pelo professor Matt Featherstone. A competição foi disputada no PMJ João Monteiro, antigo Sesi, na zona sul, e contou com uma empolgada participação dos alunos. “Foi um grande sucesso este campeonato e os meninos ficaram muito motivados durante as disputas”, disse Featherstone. “Minha alegria é ver que este projeto em Poços de Caldas melhora a cada ano e o nível de nossos jogadores está excelente, o que faz de Poços uma grande força na modalidade”, complementa ele. O evento marcou o encerramento da temporada dos projetos da cidade.
Duas ligas
A competição foi dividida em duas ligas e todos jogaram contra todos. “Foi um evento muito bonito, muito disputado, onde todos jogaram para vencer. Isto mostra bem o quanto cada um destes meninos está envolvido com o cricket na cidade e isto realmente me deixa muito orgulhoso”, disse Featherstone. “Tivemos um ano excelente e agora a expectativa para o próximo ano é ainda melhor. Este campeonato, por exemplo, deverá ser dividido em dois dias, pois o número de praticantes é muito grande”, contou o professor, que está investindo na formação de professores. “Temos quatro jovens fazendo faculdade, bancados pelo projeto, e será muito bom, pois precisamos de professores para ajudar neste trabalho”, fala Featherstone.
“Agradecemos muito o apoio do Hotel Minas Gerais, através da Lei de Incentivo, além do secretário de Esportes, o DME, Rotary, Nexo, enfim, parceiros muito importantes que conquistamos e que estão ajudando a fazer do cricket em Poços de Caldas um projeto de sucesso. Tenho certeza que muito em breve esta modalidade será uma das mais praticadas na cidade”, avalia o professor.
Os campeões
Os vencedores da competição de encerramento foram os seguintes. Campeão DME: Crescendo e Fraternidade e vice-campeão PMJ João Monteiro.
Campeão Hotel Minas Gerais – Casa do Menor. Criança Feliz e PM João Monteiro dividiram o vice-campeonato.
Crescimento
Matt Featherstone destaca o crescimento do Brasil na modalidade. Ano passado, a seleção nacional era a 69ᵃ do ranking e agora já aparece na 57ᵃ posição, um crescimento expressivo em apenas um ano. “Quanto mais subirmos neste ranking, mas apoio e verbas vamos conseguir, por isto é importante manter esta evolução nacional”, acredita o professor.
Participação
O Mantiqueira esteve presente no evento e constatou uma grande participação dos alunos. Cada um tinha uma estratégia de jogo para fazer sua equipe sair de quadra vencedora. O espírito esportivo e a união entre os times também foram grandes diferenciais
Cricket
A maneira mais fácil para o brasileiro entender o cricket é por meio da semelhança com o taco ou betes, que parece uma forma simplificada do jogo inglês. O princípio é o mesmo: o arremessador tem que derrubar a “casinha”, a wicket, e o rebatedor tem que bater a bola e correr até a outra wicket para marcar pontos, ou runs.
Mas, enquanto o taco é jogado em duplas, um time de cricket é formado por 11 jogadores: dois rebatedores, os batsmen, e onze fielders no campo tentando impedir que a equipe da vez (a que rebate) complete os runs e tentando eliminar os rebatedores. Além de derrubar a casinha, o rebatedor pode ser eliminado se a bola for pega no ar; ou se a wicket for “quebrada” antes de os rebatedores chegarem a ela ao tentar marcar os runs. A equipe da vez tem que marcar o maior número de runs possível, enquanto o outro time tenta eliminar dez rebatedores. Uma vez que todos esses rebatedores são eliminados, os times trocam de posição, passando a rebater o que estava arremessando e a arremessar o que estava rebatendo. O vencedor é o time com o maior número de runs. A bola usada para jogar é dura, feita de cortiça e couro, um pouco maior que uma bola de tênis. Duas casinhas ficam a 20 metros uma da outra e o campo inteiro mede praticamente o mesmo que dois campos de futebol. Quando o rebatedor consegue bater a bola para fora dos limites do campo, ele marca quatro runs. Se a bola não bater no chão, ele marca seis runs. Cada arremessador atira a bola seis vezes, um over, e aí outro arremessador atira da outra casinha.